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Escrito por: Mariano Montoni

Quando: 20 de novembro de 2018

Benefícios da implantação integrada dos modelos MPS para Software e MPS para Serviços

É inegável: a adoção de modelos como MPS para Software e MPS para Serviços é fundamental para empresas que buscam melhoria contínua dos processos. Por isso, em busca da otimização de recursos, os empresários estão cada dia mais interessados em reduzir o esforço e custo de implementação de melhores práticas de desenvolvimento de software e prestação de serviços de TI por meio da implantação integrada dos modelos MPS para Software e MPS para Serviços. Os benefícios dessa implantação integrada é uma empresa com resultados mais ágeis, objetivos e econômicos.

Neste post, vamos explicar o programa MPS.BR e apresentar os modelos MPS para Software e MPS para Serviços, além de descrever os principais benefícios da implantação integrada desses modelos em uma organização que desenvolve software como serviço. Aproveite a leitura!

O que é MPS.BR?

Também conhecido como Melhoria de Processos do Software Brasileiro, o MPS.BR é um programa de qualidade criado em 2003, pela Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro), e tem como objetivo desenvolver, aprimorar e disseminar modelos de melhores práticas para desenvolvimento de software e prestação de serviços, levando em conta uma série de normas reconhecidas mundialmente. Nessas referências, estão incluídos o CMMI (Capability Maturity Model Integration) e as normas ISO/IEC 12207 e ISO/IEC 15504. Porém, tudo é voltado à realidade do mercado nacional.

Uma das vantagens dos modelos do MPS.BR é que foram pensados, prioritariamente, para as pequenas e médias empresas, que viam com dificuldade os altos investimentos nas certificações. O selo MPS.BR tem sido cada vez mais exigido em licitações, ou seja, quem não se adaptar pode perder grandes negócios.

É, portanto, uma solução que, além de melhorar os processos internos de uma empresa, ainda aumenta a competitividade do mercado de software brasileiro, que passa a ter uma melhor reputação no exterior. O programa MPS.BR está dividido em quatro componentes.

Modelo de Referência MPS para Software (MR-MPS-SW)

Contém os requisitos para que as unidades ajam em conformidade com as melhores práticas reconhecidas da indústria para desenvolvimento de software. Ele define os níveis de maturidade, processos e atributos do processo e está em conformidade com os modelos de referência ISO/IEC 15504-2, ISO/IEC 12207, e CMMI-DEV.

Modelo de Referência MPS para Serviços (MR-MPS-SV)

Define melhores práticas para empresas prestadoras de serviços e está em conformidade com ISO/IEC 15504, ISO/IEC 20000 e CMMI-SVC. A avaliação neste modelo coloca a empresa em um patamar com as melhores práticas em serviços, melhorando o atendimento e garantindo conformidade com as normas internacionais.

Método de Avaliação (MA-MPS)

Descreve um processo de avaliação em conformidade com ISO/IEC 15504 utilizado para avaliar a maturidade em processos das organizações com base nos modelos MPS para Software e MPS para Serviços.

Modelo de Negócio (MN-MPS)

Define regras de implementação e avaliação para:

  • Instituições Implementadoras (II) dos modelos MPS;
  • Instituições Avaliadoras (IA) dos modelos MPS;
  • Instituições Organizadoras de Grupos de Empresas (IOGE);
  • Certificação de Consultores de Aquisição (CA);
  • Programas Anuais de Treinamento do MPS.

O MPS.BR é uma ótima alternativa ao CMMI (Capability Maturity Model Integration), que demanda investimentos maiores e pode ser inacessível para empresas de menor porte. Ele é, portanto, indicado para organizações maiores de desenvolvimento.

Quais são os patamares de evolução dos processos?

Níveis de maturidade são uma combinação entre os processos e sua capacidade. Como processo, devemos entender seu propósito, ou seja, os resultados que ele deve gerar.

Esses resultados são atingidos por meio de atividades e tarefas diversas. Cada nível atende a um conjunto de técnicas que devem ser implementadas. Esses níveis são uma forma de indicar o nível da empresa, atestando os graus de controle de processos e o que é possível esperar da empresa.

A capacidade do processo refere-se à habilidade do processo em atingir as metas do negócio. Cada nível atende a um conjunto de atributos de processos.

Os modelos MPS estabelecem formas de evoluir os processos internos de uma empresa em 7 níveis de maturidade:

  • Nível G (parcialmente gerenciado): aqui, é quando se inicia o gerenciamento de requisitos e de projetos e/ou serviços;
  • Nível F (gerenciado): neste nível, são introduzidas ferramentas de medição e de gerência de configuração, além de garantia de qualidade, além de outros processos de suporte a projetos e prestação de serviços;
  • Nível E (parcialmente definido): este nível considera processos internos, como capacitação e adaptação dos processos para os gestores. Também prevê a análise de melhorias e o controle dos processos organizacionais;
  • Nível D (largamente definido): este nível, no modelo MPS para Software, prevê a verificação, a validação, a liberação, a instalação e a integração de produtos. Já no modelo MPS para Serviço, o foco é em processos para orçamentação e desenvolvimento de sistema de serviços
  • Nível C (definido): é quando acontece o gerenciamento de riscos e outros processos de gestão como gerência de decisões no modelo MPS para Software e gerência de capacidade e disponibilidade no modelo MPS para Serviços;
  • Nível B (gerenciado quantitativamente): aqui, são avaliados os desempenhos dos processos da empresa e é realizada uma análise quantitativa dos resultados;
  • Nível A (otimização): nesse nível, há a preocupação com inovações e análise de causas com propósito de otimizar continuamente os processos da organização.

Os 7 níveis citados devem começar pelo G, sendo o A o nível máximo que uma empresa pode atingir. Para que uma empresa atinja o nível F de maturidade dos modelos MPS para Software e MPS para Serviços, é necessário implementar diversos processos. Veja quais são:

  • Gerência de Requisitos: tem como objetivo gerenciar os requisitos do produto e de seus componentes para analisar inconsistências e falhas entre os planos e os requisitos;
  • Gerência de Projetos/Operação do Serviço: tem como objetivo estabelecer e manter os planos que desenham as funções, as atividades, os recursos e as responsabilidades de um projeto e/ou serviço. Por meio das informações fornecidas, o gerenciamento dos projetos e/ou serviços permite que sejam feitas correções em casos de desvio nos desempenhos;
  • Gerência de Portfólio: a ideia aqui é iniciar e manter projetos e/ou serviços suficientes e sustentáveis, para atender às metas estratégicas de uma empresa. No caso de companhias com somente um produto ou serviço, este processo é dispensável, já que não existe a necessidade de gerenciar diversos projetos/serviços diferentes simultaneamente;
  • Gerência de Aquisição: determina o gerenciamento da aquisição dos componentes dos produtos que satisfazem as necessidades do cliente. Empresas que não precisam adquirir produtos podem ter esse processo dispensado;
  • Gerência de Configuração: estabelece e mantém a integridade dos itens de configuração que compõem o trabalho de um projeto e/ou serviço, possibilitando que ele esteja disponível a todos os responsáveis pelas etapas;
  • Gerência de Medição: coleta e analisa dados relacionados aos produtos, projetos e/ou serviços entregues pela empresa para apoiar os objetivos de negócio;
  • Gerência da Qualidade: garante que os produtos de trabalho e as tarefas relacionadas ao projeto e/ou serviço estejam em concordância com as estratégias e planos da empresa.
  • Gerência de Nível de Serviço: apoia na definição dos acordos de níveis de serviços com os clientes.
  • Gerência de Incidentes e de Solicitações de Serviço: ajuda a restaurar serviços acordados após ocorrência de um incidente e garante que tanto os incidentes, quanto solicitações de serviços atendem os acordos estabelecidos com os clientes.
  • Gerência de Problemas: ajuda a reduzir interrupções do serviço por meio da análise de causa raiz de incidentes que afetam a operação ou o alcance dos acordos com os clientes.

Quais os benefícios da implantação integrada?

A implantação integrada dos modelos MPS para Software e MPS para Serviços tem como objetivo otimizar a utilização de recursos e reduzir custos de implementação e avaliação nos modelos.

Uma implantação integrada também ajuda usufruir dos benefícios de processos de gestão de serviços aplicada a gestão de projetos de software como gestão da capacidade e disponibilidade de equipe.

Uma implementação integrada deve ser orientada de acordo com as estratégias de cada empresa. Quando isso é feito, os processos estarão em conformidade com os objetivos e planos de uma organização. As vantagens que um gestor consegue obter na empresa são inúmeras, como melhor visualização da situação dos processos da empresa.

Por exemplo, uma fábrica de software de um órgão do governo, pode ter que executar processos de suporte e helpdesk (atendimento de primeiro e segundo nível) com ajuda do MPS para Serviços, bem como processos de desenvolvimento e sustentação de sistemas (atendimento de terceiro nível) com base no modelo MPS para Software.

No caso da fábrica de software descrita acima, a empresa poderia implementar uma única vez os processos Medição e Garantia da Qualidade para apoiar todos os processos tanto de software quanto de serviços, reduzindo o custo da implementação e execução dos processos na empresa.

Outros benefícios observados em implementações integradas do MPS para Software e MPS para Serviços são:

  • Compartilhamento de recursos (hardware, software e pessoas) na execução dos processos de desenvolvimento de software e fornecimento de serviços.
  • Redução do custo e prazo na implantação dos modelos MR-MPS-SW e MR-MPS-SV.
  • Avaliação conjunta do MR-MPS-SW e MR-MPS-SV.
  • Diferencial no mercado brasileiro.
  • Facilidade na adoção de outros modelos internacionais como o CMMI e ISO.

Com a implantação integrada dos modelos MPS para Software e MPS para Serviços, o trabalho dos gestores e demais colaboradores de uma empresa fica muito mais fácil. Eles conseguem visualizar o desempenho das funções e quais os resultados elas estão gerando.

Além de auxiliar na entrega de produtos e serviços de qualidade, isso é feito com menos recursos e em menos tempo, ou seja, as empresas só têm a ganhar.

Sobre a ProMove

ProMove Business Innovation é uma empresa de soluções em TI, focadas em otimizar os processos internos de um negócio, seja ele uma fábrica de software, seja uma nova startup no mercado. A ideia é implementar uma nova cultura empresarial, ajudando os gestores e colaboradores a otimizarem suas tarefas e seus produtos finais.

Isso acontece ao se eliminar o retrabalho, reduzir os defeitos e erros na produção, agilizar as entregas de softwares e serviços, e aumentar a visibilidade dos esforços e custos das funções da equipe. A empresa conta com um time de especialistas em normas e abordagens de melhoria de processos, como CMMI, MPS, Scrum/Kanban, DevOps, Gamification, ISO 9001, ISO 20000, ISO 27001, ISO 29110, ITIL e CERTICS.

O trabalho acontece quando nossos profissionais analisam a empresa a fundo. Isso possibilita analisar as dificuldades de cada cliente para diminuir gargalos e automatizar as tarefas rotineiras de uma organização. Tudo é focado no resultado da empresa, o que gera uma equipe sempre motivada e com as certificações necessárias para um trabalho otimizado.

O objetivo é fazer com que as empresas adotem processos ágeis, acessíveis e com grande valor agregado. Os profissionais da ProMove atuam há 20 anos no setor de desenvolvimento de software e prestação de serviços — 15 deles, implementando CMMI, MPS e ISO.

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A Promove é uma instituição licenciada pela Softex para avaliar e implementar o MPS-BR. Se gostaria de implementar o modelo na sua empresa e ainda restam dúvidas sobre esse modelo, entre em contato conosco!

Mariano Montoni

Possui mais de 20 anos de experiência em impulsionar a excelência nos processos de empresas de tecnologia, realizando mais de 150 avaliações oficiais nos modelos CMMI e MPS.BR.

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